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Biocombustível de coco verde impulsiona a transição energética no Brasil

Em meio à urgência global por fontes renováveis, o Brasil ganha destaque com uma solução energética sustentável: o biocombustível produzido a partir de resíduos de coco verde. Desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), vinculado ao Grupo Tiradentes, o projeto transforma um ivo ambiental em recurso valioso, alinhando-se às metas de descarbonização e economia circular.

A capital sergipana, Aracaju, gera semanalmente 190 toneladas de resíduos de coco verde, segundo a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). O material, de decomposição lenta, sobrecarrega a coleta pública com custos anuais de R$ 900 mil e riscos de descarte irregular. Agora, essa fibra abandonada ganha nova vida como matéria-prima para biocombustível, reduzindo impactos e criando uma cadeia produtiva sustentável.

Como a fibra do coco vira energia?

O Núcleo de Estudos em Sistemas Coloidais (NUESC), do ITP, lidera a tecnologia que converte o resíduo em energia. O processo inclui:

  • Secagem e trituração: A fibra é preparada para processamento.
  • Conversão térmica: Por pirólise, gera bio-óleo, biocarvão e gases combustíveis.
  • Refino e aplicação: O bio-óleo é adaptado para motores, enquanto o biocarvão serve como fertilizante ou fonte energética.

“Transformamos um problema ambiental em solução. Além de reduzir o lixo, geramos energia renovável e fomentamos a economia local”, explica Cláudio Dariva, coordenador do NUESC e pesquisador do ITP.

Tecnologia sustentável e parcerias estratégicas

Com 15 anos de atuação e apoio da Petrobras, ANP e CAPES, o NUESC integrou três etapas-chave na produção: extração de óleo, fabricação de biodiesel e bio-óleo a partir de fluidos pressurizados. O método reduz solventes químicos e aproveita 100% dos resíduos, priorizando a eficiência e a sustentabilidade.

Impacto econômico e social

Além dos ganhos ambientais, a iniciativa impulsiona a economia circular:
  • Geração de empregos: Nova cadeia produtiva fortalece o mercado local.
  • Redução de custos: Diminui gastos públicos com limpeza urbana.
  • Energia ível: Oferece alternativa ao diesel fóssil, ampliando a segurança energética.

O ITP busca expandir a tecnologia para outras cidades brasileiras, replicando o modelo em regiões tropicais com alto consumo de coco. “É um o crucial para a transição energética e a gestão inteligente de resíduos”, conclui Dariva.

Fonte: AgroEmCampo